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quarta-feira, 5 de junho de 2013
Dançar é pecado???
“Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas ruínas, restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade”. Amós 9:11
Durante muito tempo a dança foi considerada como algo mau visto no meio cristão. Considerado como escândalo para os religiosos tradicionalistas o simples gesto de bater palmas e o ato de levantar as mãos e os braços como expressão de alegria, louvor, amor e gratidão a Deus como ofensa.
Para entendermos um pouco sobre essa aversão à palavra DANÇA e mais precisamente a prática dela no meio cristão, vamos voltar um pouco às origens e entender um pouco da história da cultura judaica.
Entre os hebreus (o povo de Deus) a dança era vista como um meio de expressar a alegria e os sentimentos do povo através de gestos e movimentos corporais nas celebrações. Era usado na adoração diária e em ocasião de vitória triunfante e festividades. Sempre que as colheitas e os rebanhos eram abundantes, esse povo expressava grande gratidão a Deus e o faziam dançando pelas ruas. Em algumas festas, havia momentos de oração e meditação, regozijo, muita música, alegria e banquetes. Todos esses festivais tinham cunho educativo, pois, cada uma de suas festas continha, em si, uma lição sobre a história do seu povo, suas esperanças, vitórias e derrotas. (Êxodo 15:20; 1Sm 18:6; 2Sm 6:14)
Até aí tudo bem, mas devido a dança ser usada também nas cerimônias pagãs em adoração a outros deuses que incluíam orgias em seus rituais (Êxodo 32:19), uma distinção veio a ser feita entre as danças santas e as que se assemelharam às cerimônias pagãs, (danças profanas). Esta distinção, feita pelos Israelitas, seria feita mais nitidamente pelos cristãos nos séculos seguintes.
Nos primeiros cinco séculos da igreja cristã a dança ainda era aceitável porque estava plantada profundamente na tradição judaico-cristã. Os cristãos foram acostumados a celebrar com dança na adoração e festividades por causa da tradição hebraica de dança.
Também o cristianismo foi sujeitado às influências sociais e políticas do império romano e das circunstâncias variáveis no quarto século causando assim mudanças na importância e no significado da dança e como a vida religiosa de Roma se tornou uma orgia, assim as danças religiosas se tornaram ocasiões para licenciosidade desenfreada e sensualidade.
Reagindo a estes sinais de decadência moral, a Igreja cristã buscou “purificar-se” expurgando todos os rastros de movimento de expressão, (entendo que dança é todo e qualquer movimento ou gesto executado com o corpo) incluindo palmas, levantar de mãos e até ajoelhar-se, incutindo na mente da Igreja durante anos ser um ato pecaminoso e de desonra a Deus. (Salmos 150)
Houve tempos, uns quinze, dezesseis anos atrás, logo em que líderes e ministérios ungidos ousaram em derrubar as muralhas deste preconceito, e em que eu ainda estava dando os meus primeiros passos de dança em uma Igreja tradicional em que congregava em que ouvia frases do tipo: “A dança precisa ser restaurada”; “Deus está restaurando a dança e a arte”; a princípio eu não entendia nada disso a até concordava e passava adiante as “lindas frases”, mas na verdade entendi que a dança, a arte por si só não tem efeito algum, ela é inoperante, mas sim, quando utilizada por pessoas e é aí que está o detalhe: quem irá se utilizar dela. Filhos das trevas ou filhos da luz. Para a minha e a sua vergonha, no evangelho de Lucas 16:8 fala que os filhos das trevas são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz.
E aí, vamos ficar discutindo se dançar é pecado ou não, enquanto o próprio Deus elogia os filhos das trevas pela sua habilidade? Vamos assumir nossa posição de filhos de Deus, nos santificar e tomar posse daquilo que o NOSSO PAI criou para o seu louvor. A bíblia diz que a boca fala do que está cheio o coração (Lucas 6:45b), ou seja, o que está dentro de mim será externado de alguma forma, e o artista independente de qual reino esteja se utilizará da arte para expressar o que está em seu coração. Se houver vida, rios de águas vivas fluirão do seu interior, mas se houver trevas, muitos se perderão e se escandalizarão. O que há dentro do seu coração???
A dança, a arte não precisa ser restaurada, mas sim o coração do artista que usa desta ferramenta para deixar gravado a sua marca. O meu e o seu coração precisa ser restaurado todos os dias para recebermos as novidades de Deus.“Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas ruínas, restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade”. Amós 9:11
Graças ao Pai que tem restaurado o coração dos artistas.
Obrigada Senhor porque tens restaurado o meu coração.
Obrigada Senhor porque tens restaurado o meu coração.
A dança e o estudo da técnica não são algo impuro, profano ou pecaminoso, mas sim, os passos que a formam, a intenção do coração e quem executa os seus movimentos. A dança é uma forma de arte que assim como a música, o teatro, as artes plásticas, a pintura, etc., mesmo antes de a Terra ser formada já existia no coração de Deus, O GRANDE ARTISTA DA HUMANIDADE, que tudo o que fez colocou toques especiais como formas, cores, movimentos, sons, contrastes e nós, seres humanos, tivemos apenas o trabalho de colocar nome a tudo isso e aperfeiçoar a cada um deles.
Hoje, eu e você somos o tabernáculo de Deus, cujas brechas Ele vai reparar, vai restaurar o nosso coração e visão de adorador e nos levantar para resplandecermos a Sua Glória. Aleluia…
Hoje, eu e você somos o tabernáculo de Deus, cujas brechas Ele vai reparar, vai restaurar o nosso coração e visão de adorador e nos levantar para resplandecermos a Sua Glória. Aleluia…
Cristina Fernanda Zapelini
Líder Min. Dança da Igreja Batista Liberdade
Herval d’Oeste-SC
Líder Min. Dança da Igreja Batista Liberdade
Herval d’Oeste-SC
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